O ano de 2018 promete. Na política, o
circo eleitoral já está armado; nos esportes, o Brasil busca sua redenção na
Copa do Mundo após o vexame histórico de 2014; e na economia, o país deve
iniciar uma trajetória de recuperação mais rápida do que se previa. Após a
divulgação do PIB do terceiro trimestre deste ano, que cresceu acima do
esperado, o Banco
Central revisou sua estimativa de expansão da economia em 2018 de 2,58% para
2,60%.
Nesse contexto, o ambiente de negócios
no país tende a ser mais favorável para os empresários. E, como consequência
disso, o jogo será mais competitivo. O desafio para as empresas é, desde já,
adiantar-se à concorrência, o que exige um senso de adaptação para os novos
tempos, com investimento pesado em tecnologia de ponta. Afinal, somente os mais
aptos sobrevivem.
Tendo em vista atender às mais básicas
necessidades do mercado empreendedor, empresas com foco em inovação, sobretudo
de perfil startup, desenvolveram nos últimos anos soluções inteligentes que
visam dar maior tração aos negócios de outras empresas ao desburocratizar
processos, facilitar operações e baratear despesas recorrentes. Se esse kit de
ferramentas básicas ajudou o empresariado a reduzir danos durante a crise,
agora ele se torna fundamental para os negócios crescerem no vácuo da
recuperação econômica.
Listamos abaixo algumas dessas soluções
disruptivas para o empresário “surfar” na próxima onda de crescimento da
economia:
Documentação em dia
Mesmo em tempos de transformação digital
das operações de trabalho, ainda é comum o empresário acumular pilhas de papéis
no seu escritório. Além disso, os custos com aparelhos e suprimentos de
impressão são elevados. Para lidar com essa demanda, a Reis Office se
especializou na oferta de soluções de impressão, digitalização, transmissão e
armazenamento de documentos. Operando no formato outsourcing, a empresa aluga
equipamentos de última geração para tiragens de impressão e os mantêm
conectados em rede, o que impacta na velocidade de impressão e no fluxo de
transmissão de dados.
O setor de pagamentos ainda é um pedra
no sapato dos empresários brasileiros, que só este ano foram contemplados pela
tão aguardada decisão do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) que
pôs fim à exclusividade das maquininhas Rede e Cielo no recebimento de
pagamentos com cartões de suas respectivas bandeiras Elo e Hipercard. A decisão
abriu o mercado para startups que oferecem soluções a preços mais acessíveis e
sob demanda do cliente. É o caso da Stone Pagamentos, marca que se
destaca pela oferta de soluções personalizadas que privilegiam especialmente o
pequeno e médio empresário. A tecnologia de código aberto da empresa permite
acoplar novas formas de pagamento, como a pulseira contactless (sem
contato).
Gestão financeira inteligente
O departamento financeiro é o principal
foco de problemas de ordem burocrática. E se não houver um total controle, pode
acabar levando a companhia à falência. Por isso, a gestão do fluxo de caixa é
fundamental. Pensando nisso, a Equals se lançou ao
mercado como uma fintech especializada
na gestão financeira e conciliação de vendas. A empresa criou uma solução que
permite controlar todas transações realizadas por meio do gerenciamento
completo do fluxo de recebíveis, possibilitando um aumento na produtividade e
redução de perdas com débitos duplicados e outros desfalques que afetam o caixa
das empresas.
Pagamento sem burocracia
O fluxo percorrido pelo dinheiro no
processamento de um pagamento é complexo e envolve diversos agentes de uma
longa cadeia, o que costuma causar transtornos para as empresas que possuem
redes de estabelecimentos. Por isso, a startup Hash lab criou uma
plataforma própria que permite que qualquer empresa seja um Provedor de
Serviços de Pagamento (PSP), ou melhor, que seja sua própria maquininha de cartões,
personalizando o serviço de pagamento de acordo com as demandas do negócio.
Assim, o empresário que antes precisava se comunicar com todos os elos da
cadeia de pagamento ganha autonomia na hora de controlar o fluxo de caixa e
planejar compra de estoques para as lojas, gerindo melhor sua rede de
estabelecimentos.
Fazer o consumidor entrar na loja não é
o maior dos desafios para o e-commerce. O desafio é convencê-lo a efetivar a
compra ou retornar o mais breve possível para concluir seu pedido. Para
acelerar esses processos, a ShopBack,
multiplataforma para recaptura e retenção de clientes por meio de Big Data, usa tecnologia
avançada para análise de comportamento de usuários que permite identificar o
contato do comprador sem ele ter sequer preenchido qualquer informação no site
visitado. A partir daí, realiza ações de retargeting personalizado com recursos de
engajamento no e-commerce, aumentando taxas de conversão em até 35%.
Análise assertiva do consumidor
Da mesma forma que o comércio físico
migrou para a internet, a tecnologia online invadiu o varejo tradicional,
automatizando processos que antes dependiam do olho do vendedor. Nessa linha,
a FX Retail Analytics desenvolveu uma solução inovadora para
ajudar o varejo físico a monitorar o fluxo e comportamento de pessoas que
transitam dentro e fora dos estabelecimentos. Por meio de uma tecnologia que
não depende de cabos ou servidores locais, a ferramenta da FX é capaz de
monitorar e informar a quantidade de visitantes, horários de pico de
movimentação nas lojas, taxa de atratividade, entre outros indicadores,
permitindo que o comerciante tome decisões mais assertivas.
Agilidade nas compras
O mundo da tecnologia também redefiniu as relações do departamento de compras das empresas. Esse é o foco da Nimbi, empresa especializada em gestão da cadeia de suprimentos que atua com empresas de médio e grande porte da indústria. A companhia desenvolveu uma plataforma de gerenciamento que agiliza todo o processo de compra das empresas. Tendo como referência o Netflix e o Spotify, a Nimbi vende pacotes de serviços por assinatura, sem custo de implementação, que variam de acordo com o porte e necessidades de cada cliente. A plataforma automatiza processos, mostra fornecedores com preço mais em conta e coloca os profissionais em posição estratégica para a tomada de decisões